sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Com 33, podem trazer agora a cruz!!!



Parei meu serviço “não-oficial”, porque durante o mesmo, conectei-me ao programa Pânico no rádio (via Internet). No dia de hoje a entrevista é Raquel Pacheco. Você não sabe quem é? Raquel Pacheco é uma jovem paulista que iniciou sua vida na prostituição aos 16 anos e que ficou nacionalmente conhecida por escrever suas experiências de trabalho num blog na Internet. Sua “graça” não-oficial é Bruna Surfistinha. Ela está no programa lançando seu novo livro “Na Cama com Bruna Surfistinha”. O teor literário são dicas sobre sexo na cama, para homens e mulheres. Entre algumas risadas e audições, fiquei pensando comigo: em que nível de consciência nós estamos? Vamos mais à frente pra entendermos o que eu tô querendo “vomitar”.

Bruna Surfistinha lançou o livro “O Doce Veneno do Escorpião”, que tinha expectativa de 80.000 exemplares (o livro vendeu 300.000 exemplares) e virou best-seller. Desdobramentos: filme com lançamento para 2008/2009 baseado neste, venda do livros em vários países na Europa e no continente asiático, caso de Coréia do Sul e Vietnã (!).

Eu gostaria de ter um cuidado especial para que nada do que eu venha dizer tenha um teor pré-conceituoso ou simplista, sem reflexão mais embasada. Não quero nem contar a vocês a história da Raquel, mas só para que vocês saibam, ela virou prostituta, pois se desentendeu com os pais, como uma adolescente na sua fase “independência ou morte”, e foi atrás de seus objetivos. Hoje com 24 anos, é uma das maiores vendedoras de livro no Brasil e porque não dizer, no mundo e agora dá conselhos sexuais para homens e mulheres...

Mexeram no satélite? É isso mesmo? A fábula da corrida do coelho e da tartaruga que eu sempre escutei, dizia que mesmo o coelho sendo mais rápido e pegando os atalhos que só ele conhecia, a tartaruga vencia-o legitimamente. Parece que esta fábula não faz mais sentido. Subverteram a ordem das coisas, que não chamo mais de “ordem natural” porque já não sei mais o que é natural ou não. Não quero com minhas crenças e pensamentos ditar o caminho mais bonito de viver. Eu vivo. Porém eu fico envergonhadíssimo (no superlativo mesmo) de saber, que no meu país (além de outras vergonhas já ditas por gente mais competente do que eu), que quem ensina a sociedade a se entender na cama, na sua intimidade, é uma ex-prostituta que fugiu de casa por seus conflitos familiares. Então fica um círculo assim:

- Briga com os pais e sai de casa;

- Assume o trabalho como prostituta pra sobreviver;

- Fica famosa porque faz dos seus clientes um “big brother” particular, dizendo de seus segredos mais abissais num blog de sucesso;

- Desponta para o país com um livro, vira celebridade e...

- Agora ensina a outros pais (!) a como fazer amor!!!

Vamos esquecer as questões religiosas/sociais que implicariam em dogmas que acredito. Vamos esquecer os princípios bíblicos. Vamos por hora esquecer também todo o tabu que envolve o assunto sexo, mas vamos manter uma questão absolutamente básica chamada Família. Qual o caminho bacana que a célula mater da sociedade pode trilhar, quando suas referências não se encontram mais dentro de casa, debaixo dos telhados? Os pais não são mais heróis. As mães não são mais amigas. Os irmãos estranhos conhecidos. Não tô reduzindo a questão a uma jovem menina que gosta muito de dinheiro e que achou mais uma forma de conquistá-lo. Tô falando de uma voz ativa fora de nós que não é oficial pra gente. Deixe-me ser mais explícito. Confesso que quero ter um texto mais que implique na dúvida do que na certeza. O que faz de nós pensarmos que exista um caminho mais feliz e mais ajustado longe de nosso lar? Fora alguns desvios de conduta dentro da família, não consigo socialmente enxergar e perceber um refúgio mais seguro que o nosso home sweet home. E se uma ex-prostituta é seu tutorial para o que você deve fazer na sua cama com seu parceiro (juro que tentei pensar em outra palavra, mas achei esta mais ajustada a todos), fecha pra balanço, meu amigo/minha amiga. Patologias, neuras, dúvidas, procure um especialista.

Eu também sou um ingênuo, num país onde Frank Aguiar e Clodovil Hernandes, são deputados federais representando o povo, o que esperar de bom?

Num país onde a explosão (ou seria implosão) dos nossos “pobremas” é o jeito mais fácil de se jogar a poeira pra debaixo do tapete, o que esperar de salutar no comportamento social? O estádio faz “gente cair?” Explode. A cadeia tem menor de idade, menina, com 20 homens? Explode. A paciência do povo brasileiro está esgotada? Copa do Mundo é no Brasil em 2014, amigo!!! Prepare aí seu coração!!!

Um adendo: Um dos clientes na época em que Raquel Pacheco prestava seus serviços pra lá de relaxantes, apaixonou-se pela moça de vida nada fácil. Ela também. Resultado da brincadeira: um casamento desfeito. Bacana né?

Não fiquem bravos comigo... Não é machismo não, pra dizer a verdade, nem sei o que é isso direito, mas este post será meio contra algumas representantes do sexo feminino. Não fiquem chateadas comigo. Digo pra vocês, era pra ser o contrário, mas são os fatos atuais. Quem sabe seja diferente daqui há... 1 segundo.

Eu não sei vocês, mas eu não agüento mais ver a cara da Ivete Sangalo. Comercial de bebida, de celular, na Globo... Em qualquer canal, em qualquer programa... putz... Tá gente, ela realmente é uma simpatia. Está sempre com aquele sorrisão, dando conta de uma felicidade (e eu espero que seja mesmo), mas eu não agüento... Há um tempo atrás, aquela canção “Poeira” parecia onipresente. Depois ela fez uma campanha pra um banco privado e a música não parava de tocar no rádio... Agora, você entra nos sites, seja qual for, e tem lá “O namorado de Ivete é sérvio”, “Ivete leva namorado até show na Zona Sul”, “Ivete isso”, “Ivete aquilo...” Deve ser um grande privilégio dela namorar. Afinal isso é tão incomum!!! Chato, chato, chato... Eu confesso pros senhores que eu tô de saco cheio destas cantoras de voz grave. Desculpe a expressão chula!!! Mas que chatice...! Só dá vozeirão no rádio! Eu sei, eu estou velhinho, mas qual é a opinião de vocês? A MPB não precisa dar uma renovada não??? Onde estão as cantoras femininas?Ih... lá vem aquele papo de machismo...

Bem. Isto aqui é uma conversa de bar, se eu bebesse. Então aqui, tudo é informal. Não tem este lance de regras, formalidades. Estou contando aqui meus pensamentos hoje. Você pode (tentar) me convencer do contrário.

E pra quem escreveu metendo o malho em cantoras, quero deixar dicas boas de uma nova geração. Se você não for tão exigente, acho que vai achar interessante. A Marjorie Estiano e a Luiza Possi. A primeira é atriz (começou na Malhação em 2005) e hoje é a estrela maior da novela das oito. Olha, e canta direitinho. Uma boa música pop, com letras muito bonitinhas. Eu recomendo o primeiro disco. Muito híbrido gostoso de ouvir. A Luiza Possi apesar de carregar um sobrenome pesadíssimo e que sempre elege comparações, dá conta do recado. E que recado! A menina canta muito, tem um timbre agudinho, bonito. Os arranjos do disco dela são todos muito softs, pra justamente dar uma sublinhada na textura da voz da moça. Se vocês quiserem posto os mp3 aqui pra vocês baixarem.


No último post falei de elogio, da importância de uma boa palavra. Desta vez, quero falar da amizade. Aproveite o final do ano, se você quiser, e re-avalie suas amizades. Re-avalie teus conceitos de convivência, pessoas a quem você conta segredos, divide sua vida. Faça testes psico-indulgentes e chegue a algumas conclusões. Depois me conte se eles não cabem nos dedos das mãos. De uma mão.

Eu prometi, 10 discos que você precisa ouvir:


Stonewall Celebration Concert – Renato Russo

Esse disco é quase obscuro. Não é pela gravação-coincidência de Renato e Zélia Duncan para mesma canção. Ambos, na mesma época, estavam para lançar discos. Ele solo, ela o 2º que lhe revelaria ao Brasil e os dois gravaram Cathedral Song (Tanita Tikaran). Ele em inglês (soberbo, diga-se de passagem), ela em português, numa versão que agradou em cheio as rádios. Mereceu inclusive várias regravações. Voltemos ao disco. É bonito, melancólico e cheio de piano. Lindos arranjos do Carlos Trilha (um dos caras que influenciou meu jeito de tocar teclado quanto à escolha de timbres) e “aquela” interpretação de um dos melhores e mais amargurados cantores que este Brasil conheceu.

Destaque: The Ballad Of The Sad Young Men

Ventura – Los Hermanos

Eu sou absolutamente suspeito porque este cd está “furado” lá em casa. Eu e Renata já ouvimos zilhões de vezes. O disco mais bonito dos queridos barbudos. Um dos que eu mais escutei na vida. Tudo neste disco é bom: arranjos, interpretações, metais, idéias musicais, canções, letras. Este disco é o sucessor do Bloco do Eu Sozinho, que foi quem catapultou a banda a sensação da MPB. Eu diria sem pestanejar que ele é melhor que o anterior. Questão de gosto.

Destaque: Último Romance, Cara Estranho e Além do Que Se Vê.

Achtung Baby – U2

Eu tive o privilégio de ir a São Paulo assistir ao U2. Eu e um amigo inclusive fizemos um pacto (que não sei se será cumprido por uma série de circunstâncias) que a próxima vez em que a banda estiver em solo brasileiro, nós iremos para a área vip. Este disco não é o álbum que possui os grandes clássicos da banda irlandesa, mas é bom demais da conta sô! Primeiro porque o The Edge é um guitarrista que tem o punch mais incrível pra rock melódico que eu conheço, depois do Jhonny Marr (do Smiths). Segundo porque existem performances vocais do Bono incomparáveis. Terceiro porque One (uma das canções mais lindas do mundo) é a terceira faixa deste cd. Quarto, quinto, sexto... Há inúmeros motivos pra você ouvir este disco. Aqui neste cd, o pouco é muito.

Destaque: todas as faixas.

Angel Dust – Faith No More

Você que se amarrou na onda Nu Metal que atravessou o mundo nos últimos três anos e agora, foi devidamente sepultado, como toda moda que vem e vai, precisa ouvir este disco. Eu digo, não existiria Nu Metal sem este cd. O mais famoso do FNM é o The Real Thing, que é o mais pop, digamos, mas este aqui tem a voz maravilhosa do doidão do Mike Patton, que deixou de ser esganiçada pra ser encorpada e grave. Um detalhe interessante é que, apesar das letras do FNM serem cheias de loucuras, o Patton interpreta cada canção com muita propriedade. Um dos vocalistas mais versáteis do rock. Desde o Hardcore até baladas pra lá de açucaradas, o cara manda bem em todas. Ele é sensacional. Uma das bandas que não deveriam ter acabado.

Destaque: Everything Ruined, Be Agressive e Small Victory

Divine Discontent – Sixpence None The Richer

Esta banda você deve conhecer da canção pop que toca no rádio há alguns anos Kiss Me. É lindinha. Um formatinho pop delicioso. Estribilho, refrão, solo. Pra quem não sabe, essa banda da vocalista Leigh Nash, é considerada Gospel. Este disco é o último da banda, que encerrou suas atividades em 2004. É um álbum pesado pros moldes do SNTR. As músicas são muito bacanas, os arranjos com cordas são bem colocados. Trilha pra namorar na varandinha. Vento no rosto. Beijo no corpo... Ah, que saudade da Renata.

Destaque: Dont I Dream It´s Over e I´ve Been Waiting

Descivilizacao – Biquini Cavadao

Tem um leitor deste blog que é produtor do Biquíni. Eu tô até sem graça de falar, embora ele ainda não estivesse exercendo esta função na banda. Bem, eu gostava do Biquíni antes de conhecer meu amigo Sylar. Então vamos lá. Gente, este disco é um discaço. Digo mais: é difícil pra achar pra caramba e eu dei a maior sorte, porque cavuco todas os sebos, promoções, que estejam relacionados a rock brasileiro. Nem sei por onde começar. Vale dizer que das 11 faixas, seis músicas tocaram no rádio. Teclados bacanas, Bruno cantando muito, letras que se não são Fernando Pessoa e Camões, nem precisam. Eles conseguem sintetizar com muita simplicidade, sentimentos universais que nós, plebeus, não conseguimos expressar. Tenho um eixo sentimental sempre quando escuto este cd. Me lembra 2º grau, me lembra quando escutar rádio era mais bacana que hoje, me lembra da falta de responsabilidade e de muita, muita juventude.

Destaque: Zé Ninguém, Cai Água, Cai Barraco, Vento, Ventania, Bem Vindo ao Mundo Adulto, Arcos, Impossível e Meu Reino... ufa!!!

Theres Is Nothing Left To Lose – Foo Fighters

Que os críticos musicais oficiais não me leiam. FF é melhor que Nirvana. Não tenham dúvidas. Não estou dizendo que o Nirvana é ruim. Não. Tô até valorizando, mas não dá pra comparar com o FF não. O Dave Grhol é um baterista sensacional, um guitarrista competente e ainda canta. Ou seja, tudo que Kurt Cobain não teve tempo de ser. Tá eu sei. O movimento grunge teve uma grande importância nos anos 90, mas pessoalmente, eu prefiro o Pearl Jam e o Soundgarden. Gente, este disco é superpop e sem a Luciana Gimenez! É um disco de rock. Tem influência de tudo que é lugar aqui. Desde Beatles até Led Zepellin. As linhas de baixo são lindas e incrivelmente audíveis. Por quê audíveis? Não seria isto óbvio? Não. No rock, há muitas linhas de guitarra (principalmente riffs) que são repetidos pelo contra-baixo, daí, geralmente, ele fica escondidão lá atrás da bateria. Neste, o baixista é absolutamente criativo e faz linhas de acompanhamento (não dá pra explicar muito aqui sobre estes detalhezinhos) muito bonitas. Já dancei muito ouvindo este disco. Por favor, só peço que não imaginem isto.

Destaque: Breakout, Learn To Fly, Generator, Aurora, Next Year

III Sides To Every Story – Extreme


Este aqui está igual o Ventura lá de cima, furado. Você possivelmente só conhece do trabalho do Extreme a baladinha More Than Words. Não sabe o que está perdendo. Neste disco não tem a baladinha não. É um disco conceitual. Eu diria que é um disco espiritual. O clima dele é todo cheio de reflexão. O Gary Cherone (vocalista que depois caiu na burrada de assumir o Van Halen, num disco horroroso chamado Van Halen III) está na sua melhor fase. E o que dizer do guitarrista, Nuno Bittencourt? Eu tenho quase certeza que este cara não ganhou uma fama maior porque ele é português. É serio! O cara estourou no mundo do rock sem tocar o “vira” e nem fado. E é um baita guitarrista, um dos meus preferidos. Dê uma ouvida nos arranjos vocais. Lindo, lindo, lindo. Tudo dividido com simplicidade e maestria. Há muita sensibilidade da banda nos arranjos. As cordas (arranjadas também pelo gajo Bittencourt) são assombrosamente bonitas. Deveria ser uma influência também no quesito “gravação”. Tem uma mixagem absolutamente perfeita. Onde se escuta tudo e tudo está no seu devido lugar.

Destaque: todas as canções.

Para Todo Mundo – Catedral

Eu vou fazer uma média com o Kim. Não é o meu disco preferido do Catedral, mas tem um fator histórico. É o primeiro, no Brasil, de uma banda que saiu do mercado gospel, para o chamado mercado secular. Foi lançado pela Warner. Não teve tanta repercussão comercial, mas a banda fez um papel bonito aqui fora. Pra quem já ouviu os discos do Catedral pela MK, ouvir o material da banda nesta gravadora é como se você estivesse dentro dágua e depois voltasse à superfície. Os discos do Catedral na fase gospel são horríveis do ponto de vista da gravação. Este disco dá um “up”. O disco foi produzido pela própria banda. O Kim é um cara para letras um “pouquinho” repetitivo (eu também sou), mas acho ele um melodista “di primeira”. Ele tem o dom de fazer canções que agradam você em várias e várias audições. Se você não tiver preconceito, dá uma procurada no disco. É bem bacaninha.

Destaque: Quando o Amor Acontece, O Sonho Não Acabou e Todos Os Dias

Flaming Pie – Paul McCartney

Se me perguntassem assim: “Pierrot, você gostaria de ser alguém, que não você mesmo?”, eu responderia: “Eu queria ser o velho Macca”. Meu baixista preferido, meu compositor preferido, um dos meus cantores preferidos, um gênio, um beatle... ele compôs “The Long And Winding Road”! Não precisava escrever mais nada. Dispensa apresentações. Este é um disco que pouca gente conhece. Ele é de 95 e o Macca tá tocando quase tudo nele. Piano, bateria, baixo, guitarra, violão... Eu comprei ele baratinho, baratinho e ele tem um encarte tão bonito, papel reciclado. Abaixo das letras ele vai explicando em que ocasião escreveu as canções, as histórias na gravação. I Love This!!! Quando eu gravar um disco, será assim. Aguardem. Ah! E tem uma coisa bacana. Existem duas músicas na minha vida que tenho vontade de fazer uma versão. Uma se chama “You´ll Be My Heart” do Phill Collins e uma que está neste disco. Chama-se “Beautiful Night”. Ela começa em Lá Maior e depois modula para Dó Maior, mas modulo de um jeito que só um beatle pode fazer! Desafio você a não gostar deste álbum

Destaque: The Song We Were Singing, Somedays, Little Willow, Young Boy, The World Tonigh e Beautiful Night.


10 metas pessoais para 2008


1 – Ludmilla (sem mais explicações, quem me conhece sabe do que estou falando);

2– Mesmo com dificuldades, dizer: sim, para sair de casa;

3 – Rir mais;

4 – Não abrir mão do perdão;

5 – Esquecer que trabalhei num banco;

6 – Me dedicar com mais galhardia aos estudos;

7 – Ler mais;

8 – Aproveitar da idade pra aprender sem errar;

9 – Abraçar demoradamente os que me amam;

10 – Manter o Diário sob os olhos Daquele de quem ninguém se esconde.


10 palavras que (eu) a gente quase não vive


1 – Misericórdia;

2 – Solidariedade;

3 – Ética;

4 – Desinteresse;

5 – Comprometimento;

6 – Lucidez;

7 – Humanidade;

8 – Companheirismo;

9 – Descanso;

10 – Amor


10 músicas para você não esquecer a pessoa amada


1 – Still Loving You – Scorpions;

2 – Último Romance – Los Hermanos;

3 – Quanto Tempo Dura Um Mês – Biquíni Cavadão;

4 – One – U2

5 – The Long And Winding Road – The Beatles;

6 – Always With You, Always With Me – Joe Satriani;

7 – Eyes Without Face – Billy Idol;

8 – Captain Of The Heart – Double;

9 – Nothing Compares To You – Sinnead O´Connor;

10 – November Rain – Guns N´Roses


E assim, eu cumpro minha promessa...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Antes do Natal, tudo irá melhorar!!!


Meu post não teria nada a ver com este, mas acabo de assistir o Jornal Nacional e não tive como ficar inerte á notícia, entre tantas absurdamente reais. O lance? Um pastor que apresenta um rapaz visivelmente desorientado mentalmente, após o mesmo ter cometido latrocínio, ou seja, roubo seguido de assassinato. Segundo o pastor Isaias Andrade, o indivíduo estava possuído malignamente quando cometeu a insanidade contra o turista italiano, na orla carioca. Após uma sessão de exorcismo, o mesmo o procurou no gabinete e confessou o crime.
Eu pergunto aos meus amigos cristãos, pastores, simpatizantes do evangelho, amigos não cristãos, colegas leitores deste blog: é pra isso que serve o Cristianismo? Pra ser protagonista de doidices criminosas, para acobertar a criminalidade trivial do Rio de Janeiro, pra ser manchete internacional quando bispos “renascentistas” são presos em território americano por entrarem com valores no país não foram declarados?

Não, não é pra nenhuma das coisas citadas que serviu o sacrifício de Cristo. Porém, por muito pouco, estão transformando a mensagem mais preciosa e revolucionária da história do homem, num meio doentio de se entender a vida, num prisma alucinado de cura/doença, paz/guerra, sanidade/loucura.

Enquanto isso, os templos não param de produzir “adoradores em massa”. A adoração virou um espelho feliz de uma sociedade patologicamente falida. “Nós não somos deste mundo” e possivelmente por isso, estamos meneando a cabeça e dando os ombros para o que acontece a este País. Cristo disse: “Não o peço que os tire deste mundo, mas os livre do mal.” Só que um dos grandes meios de libertação desta vida - cada dia menos repleta da Graça de Cristo - é ser a luz bendita e, quando não iluminamos, somos também trevas e mais: a Bíblia diz que somos sal e, se não servimos para salgar, apenas “valemos” para sermos pisados. Não gostaria que esta realidade fosse tão “real”, tão dolorida.

Há sempre quem pense que digo algumas coisas com rancor ou raiva. Nem rancor, nem raiva, mas tristeza por não enxergar uma solução fácil para esta geração difícil, que prefere adorar de olhos fechados, bem fechadinhos. Porque deve dolorir enxergar uma constatação real que só a mensagem do Evangelho é capaz de mudar, através da plantação de frutos de transformação visíveis para Deus e nem sempre para os homens.




Gosto muito de rock. Gosto muito de tv. Gosto muito dos poucos amigos que tenho e me divirto falando de tudo que me alegra, que me ajuda a viver e que me satisfaz, mas hoje não dá. Cada dia menos quero carregar esta alcunha de evangélico no meu sobrenome. Não me chamem de crente, não me chamem de bíblia. Chamem-me pelo nome. Chamem-me de Pierrot.

Eu sempre fui um bom leitor. Gosto muito de estudar, mas confesso aos senhores, com o perdão da expressão, que não ando com muito saco. No meu curso (Literatura) há coisas absolutamente intragáveis, mas necessárias. Ele me ajuda (o curso) a melhorar a clareza na escrita, a ponderar um raciocínio mais democrático e entender o pensamento de homens preciosos na história da humanidade. Com quase 33, espero que me perdoem. Ás 11 da noite de certas noites eu só quero o ônibus de volta e nada me consola quanto a isto.

Ah solidão... Gente eu ando tão sozinho. Tão saudoso. Ás vezes dói tanto. Ás vezes já passou da fase “dolosa”. Ás vezes arde sem visibilidade. A Renatinha tá distante por motivos de manutenção de saúde, tá aqui dentro de mim, mas sinto falta de gente me afagando. De um colinho pro ego e pra mim. Espero que entendam o que acabo de escrever. A solidão a que me refiro não é dos braços da amada apenas, é uma solidão sem nomenclatura fácil. É aquela solidão de estar sozinho duas vezes. Um dia, eu tento explicar essa expressão que escrevi num poema há quase 15 anos.

Eu tenho um amigo. Com muito orgulho eu digo que o Nelson Junior é um amigo muito querido que me conhece só de olhar e ele me conhece de ler e de me perceber. Nos afastamos há alguns anos. Paulo e Barnabé, dada as devidas proporções. A gente já conversou muitas horas. Na época, solteiros, dizíamos sobre tudo e sobre todas as coisas que nos alegravam e nos afligiam. Dentro do Ebenézer. Um dia explico quem era o Ebenézer. De repente ele mesmo diz. Eu recebi um e-mail dele falando de gente ocasional que deixa um scrap no orkut com aquelas frases feitas. Frases que não são tangentes na vida real, mas fonemas soltinhos e quase vazios de significado. “Oi como vai você?”. “Quem bom que você está por aqui”. E coisas do tipo. Pois é NJ. O orkut tem muitas utilidades: ver gente amiga e distante (acompanhar a vida, saber das novidades), estreitar relacionamentos que estão no campo da timidez, pesquisar assuntos interessantes e outros que não são e, aperfeiçoar o dom da brasilidade mais latente nos últimos anos: o narcisismo. Todo mundo no orkut é herói de si mesmo. É carinhoso. É bacana. É atencioso. É lindo. É mito. Os álbuns do Orkut viraram prefácio de revista “Caras” onde todo mundo se revela feliz. Estes scraps (recadinhos de conhecidos ou não) são como nata no leite, desagradáveis. Isso quando não mandam aquelas fotinhas meigas “Tenha um excelente fim de semana”. Pois é. O preço que se paga. Mas NJ se você me permite um conselho: mande uma mensagem daquelas bem “rabugentas”, dessas que eu já mandei (hehe) e experimente os valiosos resultados. Dificilmente te importunarão novamente.

E pra terminar:





Aprendam o valor do elogio. Sem elogio, não existe relacionamento. O elogio sincero numa boa hora lhe garante um dia melhor. A crítica é bacana, mas o elogio carregado de carinho e afago faz a sua auto crítica ter mais valor. Não dá pra sempre se julgar o chulé da pior sola de sapato. Mentir pra si mesmo não é sempre a pior mentira?


Nos próximos posts:

10 discos que você precisa ouvir
10 metas para o ano de 2008
10 músicas para você não esquecer a pessoa amada
10 palavras que a gente quase não vive

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SoSuechtig, Burajiru