sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Venha sobre mim o teu constante amor, ó Senhor, e a tua salvação segundo a tua promessa - Salmos 119.41

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O que a baiana onipresente Ivete Sangalo tem em comum com a mineira Ana Paula Valadão? Ambas são modelos para a sociedade feminina brasileira.

Por uma questão de gosto, não consigo ouvir nada de nenhuma das duas. Ambas são simpaticíssimas e igualmente chatas. Suas músicas colam em nossos ouvidos, por força do sucesso ou por força bruta dos ouvintes fanáticos. Verdade é que, toda mulher, com exceção salutar, gostaria de ser uma delas.

Ivete é o exemplo da mulher bem sucedida (?) no Brasil. Com ar independente, sorriso quase permanente e talento. Ana Paula Valadão, estilo angelical, voz mansa, personalidade submissa à religião e à suas idéias de adoração. Ao contrário de todo a sensualidade que a baiana representa, APV é quase um espírito reto que vive por aqui, no mundo dos mortais.

Chamá-la de onipresente não é um exagero. Comercial de cerveja, de sandália, de perfume, de xampu e até de venda de cd! Quem diria, uma artista que sempre aparece cantando os jingles, aqui e ali, faz música “de verdade”. No carnaval então uma overdose de Ivete em cima de todos os trio-elétricos, blocos, carros alegóricos, bonecos e por aí vai.

APV é a mulher cristã ideal. Espiritual, boa voz, cabelos soltos, rosto branco e alvo como a neve. Pureza, canção e choro, tudo numa só canção. E as meninas ficam lá, gritando, chorando, amargurando como ela. Em cada discurso, um “amém” de concordância. Seja lá a discrepância dita. Pensar pra quê? Foi ela que disse. Tudo que for ligado na terra (!) será ligado no céu.

Neste liga-desliga, o que mais se vê hoje é clone do robô Ivete/Ana Paula. Seja santa para cada ocasião ou charmosa quando todo mundo já está na pista. Mulheres do dia a dia que fingem felicidade, tais quais os namorados fingem fidelidade no carnaval.

Ivete “Baiana” Sangalo ganhou uma concorrente á altura. Claudia Leite, ex (?) integrante do grupo de axé Babado Novo e que segue carreira solo após o carnaval. Loirinha com a marca indelével de quem é da Bahia de todos os santos, o sorriso. Já APV, de um santo só, perdeu um pouco o bastão da realeza para outros grupos que surgiram após o Ministério Diante do Trono. O fogo do altar não está tão fumegante quanto antes, pra mídia já não é mais interessante.

Saia curta ou saia longa, que saiam logo! Pierrot não agüenta mais nenhuma das duas! “Misericórdia irmão!” Dirão alguns. Misericórdia peço eu.


Retiro de Carnaval

Eu pensei cá com meus botões: “Mais um não dá”, mas Renata queria porque queria ir. Então vamos lá. Seja o que Deus quiser. Não sei se vocês já perceberam, mas a gente usa á esmo esta expressão (seja o que Deus quiser), na verdade, queremos que prevaleça o nosso desejo, a nossa vontade. Este “seja o que Deus quiser” é mais uma espécie de “Eu não tô afim mais se vira Deus”. Eu fui. E Deus não se virou não, ficou de frente, o tempo inteiro. Foram momentos muito gostosos, bacanas. Pra você que lê e não é evangélico, fica meio difícil explicar o que é bom pra gente (cristão), que não seja mulata, samba, cerveja, acidentes automobilísticos, região dos Lagos, Sapucaí e Beija-flor. Antes de mais nada, o sítio em Xerém tem paisagem bucólica (sempre quis usar esta palavra) e o horizonte te embebeda de uma realidade desconhecida. Daí teu espírito fica naturalmente aberto a novas sensações e um novo respirar na presença do Criador. Eu sei que falando assim, fica parecendo com aqueles movimentos hippies dos anos 70, o Power Love. Não. Lá naquele imenso campo verde não tem cachimbo da paz, sexo livre e Jimi Hendrix. Lá tem vontade de se isolar do Rio de Janeiro, do Brasil e acho até que do Planeta. Disse a minha sogra ano passado, que, caso houvesse caravana pra Marte no Carnaval, eu seria um dos passageiros. Ninguém se animou. Então Xerém, aqui vamos nós.

Valeu a pena! Foi tudo muito bem costurado pelo amadorismo. Não no sentido organizacional, pelo contrário, mas tudo fluiu tão bem, sem que ali existisse um código de normas e regras, que parecia realmente que estávamos numa nova comunidade, com aqueles nomes esotéricos: Luz do Amanhã.

Deixe-me rir (hahaha). Estou tentando escrever de forma dualística. Dar a visão secular de quem viveu durante cinco dias de forma espiritual lá no sítio. Bem, verdade é, que fica difícil expressar as experiências que se tem com Deus mediante louvor á sua Glória e majestade. E dentro deste pacote ainda ter piscina, toboágua, campo de futebol, quadra, vôlei e muita zoação. No meio da molecada (era maioria), eu me senti de novo um moleque. Daqueles que não perdem o sorriso por nada e, sobretudo não se sente sozinho. Achei até gente que disse o seguinte: “Daniel, quando te via tocando lá na igreja, sempre quis ter uma amizade com você por achar que isso seria muito interessante. Quando vi que no quarto onde fui alojado você estava também, fiquei muito feliz”.

O Pierrot quase foi ás lagrimas mediante tal declaração. Pierrot sendo alvo de desejos saudáveis e de amizade, sendo mirado por uma multidão de meninos e meninas que tem sede de Deus. Uma geração de gente que ama mais ler (a Bíblia) do que cantar (adoradores, loucos ou sãos). Isso era um sonho. Não é real.

Precisaria de alguns dias pra descrever em detalhes tudo que aprendemos de tudo que foi dito, cantado, testemunhado e, sobretudo, vivido. Mas vai lá. Vou deixar pra quem ler me perguntar.
Perdi a senha

Perdi a senha do blog Caixa de Música. Realmente não sei como deixei isto acontecer. O trabalhinho da Isfree (http://www.isfree.tv/) tomou um bocado do meu tempo e eu fiquei com a cabeça meio perdida e aflita. Terei que criar um outro blog. Só pra explicar: sem senha, não há como atualizar, deletar ou corrigir qualquer coisa no site.


Filipenses 4:6

“Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus”.


Quem nunca ficou ansioso? Que não esperou com unhas e dentes, das coisas mais banais ás fundamentais? Quem nunca perdeu o sono no meio da noite e perdeu o timing do pensamento em meio á outras atividades? Eu diria que é impossível não ser ansioso num mundo que está te propondo o tempo inteiro novos desafios. Um novo desafio não parte de você, parte de fora. Até os desafios de Deus nascem Nele primeiro, pra depois nos alcançarem. E aí, sejam pelas coisas santas ou pelas “profanas”, trazemos o futuro (irrealizado) pro presente (realizado) e sofremos, sofremos, sofremos...

Ações de graça, segundo o texto acima, é um dos pré-requisitos da não-ansiedade. A gratidão a Deus, em tudo e por tudo é a tênue camada fina da tranqüilidade. É o nosso Diazepam. Agradecer pelo que não se vê? Putz... Como fazer isso? Fé meus amigos! Sem fé não se faz nada. Não se atravessa nem a rua.

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6

A fé renova a esperança mesmo não sendo palpável e além de tudo torna o vínculo com Deus mais bonito, mais real. Pois é, fé é mais ou menos isso: a inexistência do visível tornando palpável a relação com Deus. Psicologicamente, em “dias de fé”, nosso humor é alterado. Porque cremos, estamos adiante. Gratos pelo que não vimos. A gratidão, diferente da ansiedade, não nos faz viver o que estar por vir, mas agradece pelo que virá e o que virá. Por isso a fé tem uma força diferente e além de qualquer misticismo pagão, plural, egoísta e idiota. Fé em Deus não é simplesmente crer que Ele fará conforme o nosso desejo, mas que Ele realizará o melhor, além do nosso desejo. Não, não é fácil, mas é assim, se cresce, se vive, se caminha.

Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, Efésios 3:20

Ah! Como é bom saber disso! Melhor do que saber mesmo, É CRER!!! Não, não tem segredo: cinco passos de fé, cinco maneiras eficazes de andar cheio de fé, fórmulas mágicas, alteradoras das nossas mais sensíveis percepções. Não. Temos que viver, tal qual o lema do AA (Alcoólicos Anônimos), um dia de cada vez.

É... Pra quem começou com um discurso desanimador (Ivete x Ana Paula), até que as últimas palavras foram encorajadoras!!! AHAHAHA... Vai saber!!!

1 comentários:

André Rocha disse...

O trabalho a mais e a grana a menos me impediram de pensar em qualquer retiro.

Fico feliz por você ter conseguido se isolar dessa loucura daqui.

Abraço!

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