sábado, 15 de março de 2008

Give Peace a Chance

... Pelo menos, poderemos ter dois retiros também, não?


Fiquei sabendo esta semana que a Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) teria aprovado uma lei na qual teríamos Carnaval no meio do ano, para ser mais preciso, em julho. Seriam três dias de desfile. Para que a lei seja sancionada precisa apenas do amem do governador Sérgio Cabral. O presidente da associação das escolas de samba do nosso estado, reclamou do tal carnaval de inverno, alegando falta de condições financeiras. Uma enquete foi feita nas ruas do Rio perguntando a população o que eles achavam da idéia. Uma maioria esmagadora concordou, ousando até em dizer, que o Rio se tornaria como a Bahia, Carnaval o ano inteiro.

E aí eu pergunto aos meus amigos leitores. Há solução para o Brasil?


Para uma minoria


Mudando de assunto, eu gostaria tanto que algumas pessoas que não lêem este blog o lessem agora. Já convivi com uma espécie de gente, que ama sua língua e, por conseguinte sua peçonha. Disputam com as revistas de fofoca, a primazia da notícia. Não canso de dizer a Sra. Renata, que se déssemos liberdade (e mesmo não dando, eles ousam), falariam das nossas vidas, nos corredores do prédio, nas ruas do bairro, nas escadarias da igreja, no gabinete pastoral. Como sou feliz, por jamais ter permitido, que esse pessoalzinho soubesse meu telefone domiciliar, meu e-mail ou qualquer coisa íntima. Digo, sem medo, que é do pessoal mais difícil de suportar. Pessoas que não se ocupam de suas vidas e ocupam, imaginariamente, a vida do próximo. Tenho amigos que são vítimas desta laia ou como diria D. Florinda, desta gentalha. Parece este, ser um mal incurável, ou pelo menos, longe das minhas providências. Como Deus cura alguém da fofoca? Que tipo de medicamento é direcionado, quem se alimenta, avidamente, dos interesses alheios? Que câncer é este, que sob o calor mais escaldante, não encontra redução, não encontra discrição, não encontra misericórdia? Ainda ocupam lugares nobres, desejados e austeros. Influenciam pessoas, maquinam pequenas vinganças e possuem rostos de piedade. Choram. Riem e mesmo assim, são incapazes de mudarem. Vejo gerações inteiras de capacitados para o mal.


Momento narciso


Estou muito feliz por ter a oportunidade de continuar escrevendo. Agora, de forma até um pouco mais formal. Escrevendo artigos para um site de rock (whiplash), escrevendo reviews (pequenas resenhas) para a Isfree e exercendo o que tento fazer de melhor: expor um pensamento lúcido sobre uma vida louca. Em breve, estaremos com a Isfree Magazine, que será uma revista eletrônica, vinculada a Isfree, especializada em séries americanas. Além de reportagens, teremos também artigos e muitas curiosidades. Na revista de estréia, fiz algumas matérias sobre séries clássicas e escreverei sempre uma coluna chamada Fora de Série, dando uma pincelada naquilo que há de mais interessante no mundo da séries. Quando eu comecei a escrever para o Dani-se (o antigo nome do Diário, em 2003), a idéia era melhorar o exercício da escrita. Afinal de contas, naquele ano, estava começando a fazer jornalismo e o que dizer de um futuro cronista que comete erros banais de português? Precisava ter uma autocrítica e receber a crítica de quem leria. Foi o que eu fiz. Sobretudo, fico feliz de nesses cinco anos ter desenvolvido meu próprio estilo. Não ser cover de ninguém. Minha personalidade hoje está inserida nos textos e, eu sei, que tem dna por trás delas. O Blog Los Hermanos (na qual fui colaborador algum tempo) também me ajudou a “entender” cabeça de leitor de Internet, dando uma tranqüilidade, que jamais tive. Graças à experiência, graças à idade.


O canal da Internet, além de ser um instrumento de pensamento, é onde exponho minhas canções, onde ganho elogios e críticas e, sobretudo, dou minha contribuição artística para o mundo. Contribuição acredito eu, mais ingênua e sincera, que um artista pode oferecer para a humanidade. Não há moeda de troca, mais recompensadora, do que mover o tempo de um estranho, abraçar um amigo distante, felicitar irmãos, através da arte. Já conheci tanta gente bacana, já falei com tanta gente legal, com verdadeiros amigos, que sinalizaram suas existências, através da co-existência do diário. Conheci um dos meus letristas preferidos (Gian Fabra, baixista da Legião na década de 90) por conta do Diário. Revi minha amiga de 4ª série, Thais Morais (renomada jornalista) por conta do Orkut e do Diário. Refiz a liga da família através do Diário, com minha irmã Rose e com minha tia Iraci e com outros membros da família Oliveira. Felicito meus amigos distantes e que são sempre muito próximos do meu coração. Logo, este espaço é abençoado. Não é uma verborragia gratuita de sensações finitas. É um encontro com gente que eu amo.


E pra terminar...


E apenas se lembrando de gente que eu amo, que eu esqueço da notícia do Double Carnival. Que me envergonha e muito, de ser brasileiro e porque não, de ser carioca. Lembrando de gente que eu amo, me esqueço, de tais fofoqueiros, que já beberam no meu copo e que hoje, estão tão longe, que já não posso ver a lenta saliva venenosa, que desce dos seus lábios, a cada ataque. Lembrando de gente que eu amo, eu lembro de que, a amizade, não se dispõe de momentos festivos (e estou longe de festejar a muitos anos), de encontros regados à bebida, saudade ou piadas. A amizade está repleta de constatações verdadeiras, de que a vida não termina no “off” do computador. Para dizer a verdade, a vida começa, quando eu desligo.

1 comentários:

André Rocha disse...

Meu chapa, você tem talento e caráter. Merece o reconhecimento das pessoas pelos seus textos e sua arte.

Só não merece, assim como eu, mais um período de Carnaval. Aí é dose para javali enfurecido...

Abraço!

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